Trata-se de uma espécie de "Menu Cultural" do que o escritor vem produzindo no campo da poesia,conto, crônica,roteiro de cinema e TV,peça de teatro, e recentemente: novelas on-line. Além de compartilhamento de pensamentos e troca de experiências com todos aqueles que de alguma forma colaboram com a cultura sergipana.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Numa Noite...




Numa noite estrelada,
Num silêncio de pensamentos...
Apago as pegadas de mim,
Do amanhã, do momento...

Num NADA compressor,
Num escuro flamejante,
Sinto um olhar com ardor,
E um abraço arfante...

Numa agonia de sentidos,
Numa fusão moral e amoral,
Talvez seja infundado conflito
Num simples contato fraternal.

Mas é num toque simplório,
Recheado de vazio com coisa nenhuma,
De intenção com acaso,
De erotismo inocente e casual,
Que o não dito, que não foi dito,
Deixa de ser ilusório,
E nasce, no íntimo com vontade,
Num gozo, num lapso...

E dura eternamente em alguns segundos.
E se torna único,
E se torna memorável, singular, surreal...
E se torna perfeito,
Porque nasceu e morreu????

Por que foi sem nunca ser,
Esteve sem haver,
Houve sem ter e existiu...
Sem nunca existir.



Comentário: Hoje, ao vasculhar antigos poemas para atualizar o blog encontrei este que foi escrito no dia 17 de dezembro de 2003... Já nem me lembrava mais dele. rsrsrsrs Engraçado como as pessoas dão valorosas contribuições aos poetas.Este poema nasceu de uma entre tantas conversas e audições de desabafos de alguns grandes amigos, que de névoas de sentimentos não correspondidos, e quando correspondidos, complicados, eram simplesmente confusos. Um dos meus poemas favoritos.


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"Conheça todas as teorias, domine as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." - Gustav Jung