Numa noite estrelada,
Num silêncio de pensamentos...
Apago as pegadas de mim,
Do amanhã, do momento...
Num NADA compressor,
Num escuro flamejante,
Sinto um olhar com ardor,
E um abraço arfante...
Numa agonia de sentidos,
Numa fusão moral e amoral,
Talvez seja infundado
conflito
Num simples contato
fraternal.
Mas é num toque simplório,
Recheado de vazio com coisa
nenhuma,
De intenção com acaso,
De erotismo inocente e
casual,
Que o não dito, que não foi
dito,
Deixa de ser ilusório,
E nasce, no íntimo com
vontade,
Num gozo, num lapso...
E dura eternamente em
alguns segundos.
E se torna único,
E se torna memorável, singular,
surreal...
E se torna perfeito,
Porque nasceu e morreu????
Por que foi sem nunca ser,
Esteve sem haver,
Houve sem ter e existiu...
Sem nunca existir.
Comentário: Hoje, ao vasculhar antigos
poemas para atualizar o blog encontrei este que foi escrito no dia 17 de
dezembro de 2003... Já nem me lembrava mais dele. rsrsrsrs Engraçado como as
pessoas dão valorosas contribuições aos poetas.Este poema nasceu de uma entre
tantas conversas e audições de desabafos de alguns grandes amigos, que de névoas
de sentimentos não correspondidos, e quando correspondidos, complicados, eram
simplesmente confusos. Um dos meus poemas favoritos.
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"Conheça todas as teorias, domine as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana." - Gustav Jung