Se “o amor” fosse crime,
Seria formal, material e analítico.
Seria bipartido ou tripartido?
Seria uni ou pluriofensivo?
Em se tratando de amor, tudo.
O amor seria formal, pois amar e ser amado é próprio do ser humano.
Substancial, pois sempre há lesão ou perigo de lesão a um bem jurídico imensurável:
“A capacidade de amar pura incondicionalmente”...
Amar e ser amado envolve risco de mágoa e decepção.
E para cada coração petrificado a humanidade ganha um morto-vivo circulando pelas ruas.
Se o amor fosse um delito,
Seria crime, delito e contravenção.
Punido com privação de liberdade, restrição de direitos e multas.
Haveria um corriqueiro “bis in idem”...
Pois na maioria das vezes, amar também é sofrer.
Se o amor fosse um delito,
Uns o definiriam comum, outros especial ou de mão própria.
Que seja! Afinal... Poderia ser praticado por qualquer pessoa...
Mas qualquer pessoa... Uma vez que ama e é amada... Deixa de ser “qualquer pessoa”...
Ambas são criaturas especiais... Transpirando, respirando, bebendo e comendo “amor”
E todo e qualquer ato, único ou múltiplo, seria dolosamente realizado sob esse prisma.
E o resultado seria típico vinculado à conduta:
Olhar, pele, desejo, afinidades, fenitelamina e epinefrina consumariam o delito amor.
Que poderia ser objeto de dois ou vários atos e qualificado pelo resultado.
E o tempo diria se foi instantâneo, permanente ou ambos.
O tempo diria se foi habitual, uni ou plurissubssistente.
E o tempo seria a punição, o juiz natural e pela dosimetria da pena, a cura.
Razão e emoção debateriam se o amor foi subsidiário, complexo, progressivo ou de passagem.
Se o amor fosse crime...
Seria casual, fortuito ou de “força maior”, nunca seria omisso.
Ninguém ama por negligência.
Ninguém ama por imperícia.
Ninguém ama por imprudência.
O amor está para o coração, assim como o “coração” está pra vida.
O amor é humano, e ao mesmo tempo divino...
É o que nos torna imagem e semelhança de Deus!
Se “o amor” fosse crime...
Quantos de nós estaríamos presos?
Quantos de nós seria réu confesso?
Quantos de nós seríamos reincidentes?
Fatalmente... Se o amor fosse crime todos seríamos criminosos.
Mas o maior crime seria viver sem nunca amar e ser amado!
Porque não seria “viver”... Seria um invisível existir.
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Comentário:
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Comentário:
Com a mesma proposta da "Química Poética" que vislumbrava a difusão de conhecimento através de versos, iniciei a produção de obras análogamente voltava ao direito, que é lindo.rsrsrsrs
Amei. Lindo demais
ResponderExcluirass: talita monteiro
Parabéns! Seu poema é maravilhoso!
ResponderExcluirParabens ..lindoo
ResponderExcluirParabéns, Anderson, por unir Direito à Literatura! Gostei muito mesmo! Genial!!!!
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